quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Um pouco sobre comida

Ontem, decidimos ir comer batatas fritas. Na região Norte da França, assim como na Bélgica, eles são fissurados por frites, e eu estava bastante curiosa quanto a elas. Existem friteries, lugares em que se vende exclusivamente batatas fritas, mas a que o Edu conhece e gosta estava fechada. Então decidimos ir a um kebab.






O döner kebab é um prato turco, muito conhecido e apreciado na Europa: dependendo de onde vamos, podemos encontrar mais kebaberias do que pizzarias. É um tipo de sanduíche feito com carne de churrasco preparada de um jeito peculiar dos turcos, com um molho especial. É realmente diferente e muito gostoso.

Eu tinha comido uma vez, quando fui pra Alemanha, e decidi que, de acompanhamento às fritas (hihi) ia levar um. O Edu, como não come carne, pegou um "fishburger".

Fiquei um pouco surpresa de saber que as fritas viriam com algum tipo de molho. Nessa região da França-Bélgica, as batatas fritas são sempre comidas com algum molho. O Edu sempre come as batatas dele com maionese (vá entender), então ele não soube me explicar sobre os molhos. Decidi perguntar à moça quais eles tinham, e me arrependi um pouco enquanto ela falava, sem respirar:

"Américaine, Bicky, Poivre, Mayonnaise, Andalouse, Ketchup, Harissa, Coctail, Hannibal, Samouraï..."

(além do mais, ela tinha um sotaque fortíssimo, incompreensível. Eu me desculpei, falei que não era de lá, mas ela não facilitou muito. Depois, o Edu me disse que acha que ela não tinha entendido que eu era estrangeira, mas só de alguma outra região da França. :O Me senti super lisonjeada, haha.)

O Edu, sabendo que sou curiosa e sendo thoughtful como sempre, pediu para levarmos um extra de cada (com exceção de maionese e ketchup, que obviamente já conhecemos). Foi super legal experimentar todos aqueles molhos, combinações diferentes de creme de leite, maionese, ketchup, molho de tomate, pimentas e temperos.


Pelo que o Edu me disse, o molho Coctail é o equivalente do nosso rosé, maionese misturada com ketchup. Mas a maionese, na França, sempre tem mostarda Dijon na sua composição, o que dá um gosto bastante especial. Então, mesmo o molho Coctail era super diferente e eu adorei, mesmo se eu normalmente não gosto do rosé porque tem gosto de ketchup. Mas acho que o meu preferido ficou sendo o Andalouse. Só que realmente não dá pra explicar os sabores, são bastante sutis e diferentes.

Outra coisa que experimentei por aqui foram... Framboesas! Veja só, eu nem sabia que nunca tinha comido framboesas na minha vida. Mas foi só colocar uma na boca para descobrir que é único: eu achava que era um tipo de amora, mas tem mais a textura de um morango silvestre. É delicioso. Cada vez eu amo mais as "berries", essas pequenas frutas tão gostosas e difíceis/caras de se encontrar no Brasil.

As framboesas têm pelinhos, se olhá-las de perto.
E são super cheirosas.
Atenção para essa foto, tirada perto da rua do Edu:

Boucherie chevaline = açougue "cavalino"
Eu achei que era só um nome meio bizarro, mas não. O Edu me disse que, nesse açougue, eles vendem só carne de cavalo (e derivados: salame, linguiças...). Eu não respondi, só fiquei olhando para ele com olhos arregalados. Meu deus, esses franceses...!

Ah, e como falar da França sem falar de queijos? Eles amam queijo, e eu também! Mas eu não tinha descoberto ainda o peculiar universo dos queijos fortes. O Edu comprou um chamado Vieux Lille (velho Lille). Ele realmente é... forte - a geladeira inteira estava infestada com o seu cheiro. Comi um pequeno pedaço e não aguentei. Precisei de meio litro de água para me recuperar.

Na França, tome cuidado com os queijos:
nem todos são tão simpáticos quanto parecem.

Mas, tirando essa exceção, estou apaixonada pelos queijos aqui. Não sei como eu vou sobreviver sem eles, sério.

Para terminar, fica aí uma foto que tirei de uma padaria em Lille:


É de morrer. Eu engordo só de olhar pra toda essa comida. Vou morrer gordinha, mas feliz. ♥

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